quarta-feira, 14 de outubro de 2015

INGOVERNABILIDADE DE UM PREFEITO...


Há tempos tenho me omitido de comentar e manifestar minha opinião frente vários assuntos entre eles a política local, mas diante a situação caótica que estamos vivendo fica difícil calar-se.  O governo Arlei chegou a um ponto de total ingovernabilidade, seja administrativa ou política, na prática, ele possui a legalidade para governar, mas quando o assunto é legitimidade essa fica longe.

Arlei não foi eleito prefeito, por duas vezes sentou-se a cadeira maior do poder executivo por sorte ou por mero destino, o problema é que e o moço não soube aproveitar a oportunidade que Deus lhe deu para criar um longo caminho político.  Se fizermos uma análise fria da situação, o prefeito chegou ao poder com cerca de 20% do eleitorado, ou seja, mais de cem mil eleitores não apoiaram a sua candidatura, o que põe, neste caso, uma grande dúvida quanto a sua legitimidade.

Daí fica a questão, o que seria legítimo?  

A legitimidade de um governo pressupõe a existência de um consenso entre o comandante e os comandados de forma que estes aceitem sua autoridade, não por imposição, senão estaríamos falando em ditadura, mas por reconhecimento, e isto, o atual prefeito perdeu de vez, ou nunca teve. 

 A verdade é que o navio chamado "casa rosada" está sem rumo há muito tempo, viveram tempos de "Zeca Pagodinho" no tipo, "deixa a vida me levar", e agora tentam insistentemente arrumar um culpado para os problemas que estavam a vista de todos, mas que eles deixaram de lado achando que uma hora se resolveria. Grande erro, e agora pagamos pela displicência e falta de responsabilidade e compromisso com a coisa pública, assistimos atônicos os malabares para o acerto das contas públicas que se tivesse sido feito há tempos atrás estaria de forma bem reduzida.  A bem da verdade, a crise está instaurada em todo o país e isso é fato, mas no entanto, quem trabalhou com responsabilidade e seriedade teve um mínimo de zelo e previu que tempos amargos estariam por vir e tomou as devidas providências para minimizar o impacto.

Por aqui nada foi feito, e a justiça teve que intervir, como algo jamais visto na história da cidade, o nosso judiciário se tornou quase um poder paralelo de governo, para muitos (os Arleistas) um abuso das autoridades, para outros, uma forma de garantir que o dinheiro público fosse melhor administrado, que pela falta de compromisso e pelo longo histórico de não cumprimento dos acordos não viram outra forma senão os temerosos sequestros.  

Mas o que para muitos seria um grande problema, para este governo é a solução, pois estes sequestros viraram o grande trunfo do governo, passou a ser a desculpa perfeita pelo não cumprimento da folha salarial e dos pagamentos a fornecedores, e enfim, arrumaram o culpado que eles precisavam para o problema que eles criaram, assim, culpa-se a FESO, culpa-se o Judiciário, mas eles, há eles não tem culpa nenhuma, são pobres coitados...


Um abraço a todos e que Deus nos proteja.